quinta-feira, dezembro 21

É uma questão de bom senso...

Apesar do problema não ser recente e a solução continuar à vista de todos, escrevemos hoje sobre o que se passou quarta-feira em Monsanto num já clássico Direito-Agronomia.

O jogo começou às 20:30, hora em que a temperatura devia rondar aí os 6º e visto ser dia de semana numa fase ainda embrionária da competição tudo levaria a querer (principalmente a alguns iluminados que para aí andam...) que no campo estariam pouco mais do que 76 pessoas (44 jogadores+4 treinadores + 2 fisioterapeutas + 2 presidentes + 10 jogadores não convocados + 3 árbitros + 1 porteiro + 10 adeptos fanáticos).

Grande surpresa que, ainda nem tinha acabado o aquecimento e já se encontravam em Monsanto cerca de 200 pessoas! Estranho não...ainda por cima estava a começar na RTP1 os "Contos de Natal"... Será possível que exista em Portugal pessoas que gostam mesmo de ver um jogo de rugby, mesmo que o seu clube não esteja a jogar! Inacreditável...

Pois é, só algumas pessoas é que ainda não perceberam que, tendo em conta a ainda pouca divulgação da modalidade no panorama desportivo nacional, são os próprios jogadores e simpatizantes de outros clubes que estão, sempre que podem, a assistir aos jogos! Sendo assim, e focando-nos na zona de Lisboa (infelizmente a grande concentração de equipas assim nos obriga...), facilmente podemos concluir que a marcação diferenciada dos jogos (hora e dia) rapidamente garantia um número razoável de pessoas nas bancadas!

É importante perceber que o rugby Nacional está numa fase em que ou dá o salto e continua a evoluir (contamos com a selecção para isso, temos que ir ao Mundial!) ou estagna para sempre nesta coisa de um conjunto de atletas que até podiam ter ido mais longe se isto ou se aquilo...

É por isso fundamental para a evolução do desporto trazer pessoas para as bancadas, é fundamental para a evolução como atletas assistir a jogos (bons ou maus que sejam) e para os treinadores conhecer as equipas adversárias, os seus pontos fortes e fracos (no fundo acho que é o que acontece em qualquer desporto). Só assim será possível tornar este desporto num bom investimento e acabar com a sobrevivência dos clubes na base do mecenato...

Assim, e voltando ao princípio deste desabafo, temos pena que o facto de ser jogador praticamente impossibilite a presença mais assidua nas bancadas como simples adepto da modalidade, praticamente nos impossibilite de observar a equipa que vamos encontrar no fim de semana seguinte... Está na altura de tentar implementar a solução que a todos parece óbvia e se a Federação não o faz, terão que ser os próprios jogadores a interceder junto dos seus clubes!

2 Comments:

At 3:05 da tarde, Anonymous Anónimo said...

João Heleno, olha que quem marca os jogos são os clubes.
abraço de um Belenenses

 
At 6:51 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Aproveito para esclarecer que este blog é feito por dois actuais jogadores: João Heleno e Henrique Mesquita. Até ao momento ainda não houve a necessidade, de diferenciar os posts publicados, até porque estes têm sido feitos com a colaboração de ambos, dai a assinatura Cascais Rugby. Neste caso concreto, e apesar de ter lido e comentado o post antes da sua publicação, este foi da autoria do Henrique.

Relativamente ao assunto do post propriamente dito, recordo que este é um blog "Não Oficial", pelo que não reflecte a visão institucional do clube, apenas as dos seus autores, e estas nem sempre são coincidentes... Quer isto dizer para além do escrito neste post, é um facto que é verdade o que foi dito no comentário anterior (dai ter-se escrito "...se a Federação não o faz, terão que ser os próprios jogadores a interceder junto dos seus clubes!"). De qualquer forma agradeço o seu comentário. Abraço!

 

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